Pela primeira vez uma
usina produz em escala comercial a partir da palha e do bagaço da cana, e não
com o caldo, que é o sistema tradicional. É o etanol de segunda geração.
Os canaviais de
Alagoas já fazem
esse novo tipo de colheita: a da palha. Máquinas importadas, que nos Estados
Unidos e na Europa são usadas na produção de feno, foram adaptadas no Brasil
para recolher o que era considerado um resíduo da cana.
A empresa Granbio
inaugurou em setembro a primeira usina de etanol de segunda geração do país, em
São Miguel dos Campos, Alagoas. A empresa fez parceria com três usinas de
açúcar e álcool da região para comprar a palha que sobra no campo. Mas as
máquinas não recolhem tudo. Metade fica para cobrir o solo e segurar a umidade.
Além do dinheiro com
a venda da palhada, os produtores de cana vêem outras vantagens em retirar o
material. “Diminui a infestação da praga cigarrinha da raiz, que é uma praga
que muita palha acumulada favorece a infestação. E tem o risco de incêndios. O
fogo se propaga com muita velocidade quando se tem um acúmulo de palha”, diz o
superintendente da usina Carlos Monteiro.
Em uma usina de etanol de
primeira geração, a matéria-prima é o caldo da cana. O açúcar do caldo vai
direto para a fermentação e destilação. Já na segunda geração, existem etapas
anteriores.
A
empresa procura obter uma maior produtividade na lavoura. Um centro de pesquisa
foi criado especialmente para desenvolver uma nova variedade de cana: a cana
energia, que servirá de fonte de matéria-prima para o etanol de segunda
geração.
A pesquisa deve ser
concluída até o fim do ano que vem e a cana energia vai se tornar mais um
recurso para a produção brasileira de etanol de segunda geração.
Fonte: http://g1.globo.com
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