sexta-feira, 31 de maio de 2013

Aproveitamento de biogás de aterro sanitário

O total de resíduos sólidos recolhidos pela COMCAP em Florianópolis no ano de 2012 foi de 174,7 mil toneladas. Todo resíduo coletado vai para o aterro sanitário em Biguaçu. Após ser enterrado, inicia-se o processo de decomposição gerando vários gases. Os mais abundantes são o metano e o dióxido de carbono, provenientes da decomposição anaeróbia. “Os fatores que podem influenciar na produção de biogás são: composição dos resíduos dispostos, umidade, tamanho das partículas, temperatura, pH, Idade dos resíduos, projeto do aterro e sua operação. O gás proveniente dos aterros contribui consideravelmente para o aumento das emissões globais de metano”. Fonte: http://www.mma.gov.br
Mas este gás pode ser aproveitado para gerar energia, vapor, abastecer gasodutos com gás, entre outros. Pode substituir o gás natural e o gás liquefeito de petróleo (GLP). A cidade de São Paulo largou na frente em 2004 instalando a primeira usina de biogás do país no aterro Bandeirantes. Depois foi a vez do aterro São João. O aterro de Gramacho, no município de Duque de Caxias, irá fornecer biogás por 15 anos para a Refinaria Duque de Caxias da Petrobrás. “Estima-se que 75 milhões de metros cúbicos de metano deixarão de ser emitidos por ano. O metano é 21 vezes mais nocivo do que o dióxido de carbono”. Fonte: http://greenpedia.greenvana.com.


                                                              Esquema de um aterro sanitário
                                                                      

Em um país onde a produção monumental de lixo gera enormes impactos socioambientais, a geração de energia elétrica a partir dos resíduos é uma ideia que merece atenção, investimentos e um ambiente de negócios favorável à inclusão do biogás em nossa matriz energética. Fonte:http://g1.globo.com Contribui com a diminuição de uso de energias provenientes das usinas hidrelétricas e de carvão.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Aquecedor de água solar com materiais alternativos

A Epagri de Itapiranga e a Celesc promoveram uma oficina para técnicos para mostrar a construção de um aquecedor de água solar, com materiais alternativos, na propriedade de Mauri e Lourdes Kayser, em Linha Santa Cruz, no município de Itapiranga.
A propriedade abriga uma Unidade de Referência Técnica (URT) em bovinocultura de leite desde 2009, o que contribuiu para que fosse escolhida para receber uma Unidade Educativa em energia solar alternativa, viabilizada com apoio do SC Rural.
A necessidade de água aquecida nas propriedades rurais é grande, tanto no ambiente doméstico (higiene corporal, do ambiente, vestuário e utensílios domésticos) quanto na área produtiva para higienização de utensílios usados na ordenha, neste caso bovinocultura de leite. 
Buscando alternativas para a diminuição do custo de energia elétrica e de gás, foi proposto para a família a construção de um sistema de aquecimento solar alternativo.
Dessa forma, o incentivo a fontes alternativas de energia também reforça a conscientização ambiental, fundamental na atualidade, retirando materiais do ambiente e como forma de subsidio e incentivo à permanecia da família rural no campo. 

Fonte: Epagri






Lixo no oceano

Onde vai parar o lixo que é jogado no chão? E aquele deixado na praia?
Algumas fotos já respondem.



A poluição no mar mais conhecida é a causada pelo petróleo, mas os danos causados pelos resíduos sólidos também são graves. “Cerca de 70% dos sacos plásticos, latas, garrafas e pneus são depositados no fundo do mar. O restante navega pela superfície ou fica preso nos grandes giros oceânicos”. Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br
Todo o lixo que vai para o oceano põe em risco toda a fauna e quem depende dela. A maior concentração é no pacífico. “E, se o oceano virou um enorme lixão, a culpa não é de como ocupamos o mar, mas do que fazemos na terra”. Fonte:http://planetasustentavel.abril.com.br
Quando participei do trote solidário na Praia Ponta do Papagaio, promovido por um colega da Unisul, o que mais encontrei foi aquela argola plástica de garrafa de água mineral. Em poucas horas recolhemos muito lixo. Ainda são realizados muitos mutirões para limpeza das praias com o objetivo de conscientizar a população, mas a poluição continua intensa, principalmente no carnaval e ano novo.

E não é só o que foi deixado na praia que contribui para formar a “sopa de lixo”, como é chamada, no mar. Tudo que é descartado de forma incorreta nas cidades, vai para os boeiros contribuindo também com as enchentes, são arrastados até o curso de um rio e podem chegar ao mar. 

Saiba mais em:



quarta-feira, 29 de maio de 2013

A biotecnologia e a fome no mundo

As empresas de biotecnologia defendem que os transgênicos são necessários para garantir a alimentação no mundo e reduzir a pobreza nos países em desenvolvimento. Mas atualmente já se produz alimento suficiente para acabar com a fome. Então, não é a falta de alimentos que causa a fome e sim a pobreza, a desigualdade e falta de acesso a terra. Muitas pessoas são demasiadamente pobres para comprar os alimentos disponíveis, ou carecem de terra para cultivar.

O caso do arroz dourado

Foi desenvolvido um arroz rico em beta-caroteno, fonte de vitamina A. A ideia deste transgênico surgiu para ser distribuído gratuitamente entre os pobres. Trataria milhões de crianças em risco de cegueira pela falta de vitamina A. Mas o beta-caroteno, por ser lipossolúvel,  necessita ser consumido com gorduras para ser absorvido. Além do mais, as pessoas teriam que comer mais de 1kg de arroz para obter a recomendação diária da vitamina. Essa solução “mágica” não resolve a pobreza.


Este pequeno assunto abordado foi retirado do livro Biotecnologia Agrícola de Miguel A. Altieri.




segunda-feira, 27 de maio de 2013

Sustentabilidade

O texto de hoje é curto, simples:

Como é um desenvolvimento sustentável ou o que é desenvolvimento sustentável?

Não posso deixar de colocar a principal frase que o define: atendimento das necessidades do presente, sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às próprias necessidades.
Como está na época da tainha, vou usá-la como exemplo: quando eu posso retirar a tainha ou quanto eu posso retirar sem comprometer a reprodução do cardume?

José Eli da Veiga diz, no seu livro sobre Sustentabilidade, que no âmbito da Ecologia corresponderia a um suposto “equilíbrio”. Mas logo essa palavra foi transposta com a ascensão da noção de resiliência: a capacidade quem tem um sistema de enfrentar distúrbios mantendo suas funções e estruturas. Se continuar resiliente, um ecossistema sustenta-se, por mais distante que esteja do suposto equilíbrio.

Abaixo um vídeo animado da Histórias das coisas: de onde vem e para onde vão. É curto, muito bom e trata de um sistema nada sustentável. "O que enxergamos são as compras. A extração, a produção e o envio para o lixo acontecem fora do nosso campo de visão".



sábado, 25 de maio de 2013

Um grande mestre

Começo o meu blog falando de José Lutzenberger, engenheiro agrônomo, escritor, participando sempre  na luta pela preservação ambiental. Foi nomeado secretário do Meio Ambiente da Presidência da República de 1990 a 1992. Foi demitido após denunciar a corrupção no Ibama. Escreveu centenas de textos e vários livros e criou a Fundação Gaia, centro de educação para a vida sustentável. Um de seus livros Crítica ecológica do pensamento econômico traz uma síntese das idéias e da visão de mundo que Lutzenberger amadureceu e defendeu desde que voltou ao Brasil para dedicar-se à luta pela preservação ambiental.
O que mais me chamou a atenção neste livro foi quando comentou sobre Tucuruí. A barragem inundou, sem aproveitamento sequer da madeira, dois mil quilômetros quadrados de floresta virgem. Mais de trinta mil famílias foram atingidas pelas obras de Tucuruí, sem que sua situação fosse questionada, nem no projeto. A população no entorno cresceu e os trabalhadores da obra depois ficaram desempregados. A quem serve essa hidrelétrica? Às produtoras de alumínio, que recebem energia abaixo do preço de custo de produção. Quem paga o restante? É claro, a população brasileira através dos impostos. Bom, eu paro por aqui porque este assunto vai longe. Tem tudo no livro e outro assuntos também.
Outros livros de Lutzenberger: Fim do futuro; Manual da ecologia: do jardim ao poder; Gaia; Gaia: o Planeta vivo.