Começo o meu blog falando de José Lutzenberger, engenheiro agrônomo, escritor, participando sempre na luta pela preservação ambiental. Foi nomeado secretário do Meio Ambiente da Presidência da República de 1990 a 1992. Foi demitido após denunciar a corrupção no Ibama. Escreveu centenas de textos e vários livros e criou a Fundação Gaia, centro de educação para a vida sustentável. Um de seus livros Crítica ecológica do pensamento econômico traz uma síntese das idéias e da visão de mundo que Lutzenberger amadureceu e defendeu desde que voltou ao Brasil para dedicar-se à luta pela preservação ambiental.
O que mais me chamou a atenção neste livro foi quando comentou sobre Tucuruí. A barragem inundou, sem aproveitamento sequer da madeira, dois mil quilômetros quadrados de floresta virgem. Mais de trinta mil famílias foram atingidas pelas obras de Tucuruí, sem que sua situação fosse questionada, nem no projeto. A população no entorno cresceu e os trabalhadores da obra depois ficaram desempregados. A quem serve essa hidrelétrica? Às produtoras de alumínio, que recebem energia abaixo do preço de custo de produção. Quem paga o restante? É claro, a população brasileira através dos impostos. Bom, eu paro por aqui porque este assunto vai longe. Tem tudo no livro e outro assuntos também.
Outros livros de Lutzenberger: Fim do futuro; Manual da ecologia: do jardim ao poder; Gaia; Gaia: o Planeta vivo.
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