sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O mercado de tintas e vernizes no Brasil


Composto por produtos das linhas imobiliária, industrial e automotiva, o setor de tintas e vernizes no mercado brasileiro já é bastante consolidado. Embora muitas vezes passem despercebidas, as tintas são produtos fundamentais onde quer que se vá ou qualquer item que se fabrique: veículos automotivos, bicicletas, capacetes, móveis, brinquedos, eletrodomésticos, vestuário, equipamentos, artesanatos, em impressão e serigrafia e na construção civil, superando assim a marca de um bilhão de litros de tintas produzidos anualmente.
Os principais impactos ambientais do setor podem estar associados tanto ao processo produtivo, como à geração de efluentes, ao próprio uso dos produtos ou mesmo à geração de resíduos de embalagem pós-uso.

Substituição de compostos perigosos

Cada vez mais as empresas estão engajadas em substituir as matérias-primas consideradas perigosas à saúde, segurança e meio ambiente por outras de menor toxicidade e impactos.
• A medida mais comum é substituição dos pigmentos de metais pesados (base chumbo, cromo, cádmio) por outros menos tóxicos.
• Formaldeído é usado como preservante em tintas e vernizes. Por ser elemento com suspeitas de ser cancerígeno, têm sido eliminado das formulações.
• Biocidas à base de mercúrio são produtos que foram abandonados pela sua toxicidade, substituídos por compostos de isotiazolina. O uso deste último composto sofre restrições por ser alergênico.
• Organo-silanos podem ser usados na formulação de primers no lugar de agentes anti-corrosivos a base de cromo hexavalente.
• Fungicidas a base de trifenil estanho ou tributil estanho devem ser evitados. São compostos de estanho orgânico capazes de causar irritações de pele e problemas endócrinos.
• Já existem no mercado, agentes coalescentes para tintas aquosas com baixo teor de VOC em substituição aos tradicionais TMB e glicóis.

Legislação

A Resolução nº 307, de 05 de julho de 2002 estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para gestão dos resíduos da construção civil. Nela, as tintas e vernizes são enquadrados como Classe D: são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde.
Apesar de serem tratados como resíduos perigosos, as embalagens de tintas não são proibidas de reciclagem, desde que os resíduos de tinta sejam destinados em conformidade com as normas técnicas específicas. 

              Resolução CONAMA nº307

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