quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Os 10 Mandamentos do Amigo do Planeta


Os 10 mandamentos do amigo do planeta tem por objetivo estimular um maior aprofundamento sobre o sentido de cidadania ambiental que deve reger o nosso cotidiano.

1- Só jogue lixo no lugar certo
É horrível quando a gente vê alguém jogando lixo no chão.

2- Poupe água e energia
A água que você usa não sai da parede.

3- Não desperdice
Evite consumir além do necessário.

4- Proteja os animais e plantas

5- Proteja as árvores
Para fabricar papel é preciso cortar árvores, logo, poupar papel é uma forma de defender as árvores.

6- Evite poluir seu meio ambiente

7- Faça coleta seletiva do lixo
É fácil separar. Você estará contribuindo ara poupar recursos naturais, aumentar a vida útil dos depósitos de lixo e diminuindo a poluição.

8- Só use biodegradáveis

9- Conheça mais a natureza

10- Participe dessa luta

Fonte: Declaração dos Direitos da Água, Epagri.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO)

 

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) atua como um fórum neutro, onde todos os países, desenvolvidos e em desenvolvimento, se reúnem em igualdade para negociar acordos, debater políticas e impulsionar iniciativas estratégicas. Atualmente a FAO tem 191 países membros, mais a Comunidade Européia. A rede mundial compreende cinco oficinas regionais e 78 escritórios nacionais.
A FAO trabalha no combate à fome e à pobreza, promove o desenvolvimento agrícola, a melhoria da nutrição, a busca da segurança alimentar e o acesso de todas as pessoas, em todos os momentos, aos alimentos necessários para uma vida saudável.
Reforça a agricultura e o desenvolvimento sustentável, como estratégia a longo prazo, para aumentar a produção e o acesso de todos  aos alimentos, ao mesmo tempo em que preserva os recursos naturais.
A FAO elegeu o ano de 2013 como Ano Internacional da Quinoa. Além das qualidades nutricionais da quinoa, a sua adaptabilidade a diferentes climas e solos é uma potencial contribuição para ajudar na erradicação da fome e desnutrição.
Assisti a uma palestra em Florianópolis de um dos representantes da organização sobre a quinoa. Um das coisas que me deixaram um pouco incomodada foi o fato do palestrante não saber orientar os agricultores onde conseguir a semente da quinoa. A organização faz todo um movimento e não sabe o básico. “Vou perguntar para EMBRAPA onde conseguir”, disse ele.
Outro ponto foi sobre o aquecimento global. Ele trouxe um slide totalmente desatualizado. Como podem ver na figura abaixo, o último ano de coleta de dados apresentado foi de 1999. A pergunta que não quer calar: por que está tão desatualizado? Será por desleixo ou porque a Terra parou de aquecer?


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Fazendo tinta com a terra



A Epagri de Nova Veneza promoveu oficina sobre “Cores da Terra” para professores e alunos do ensino fundamental da Escola Municipal Ítalo Amboni, da comunidade de Rio Cedro Médio, Em Nova Veneza, no dia 13 de setembro.
O objetivo desta oficina foi o de ensinar a técnica de elaboração de tintas a partir de solos com baixo custo e impacto ambiental.
Na escola alunos e professores, pintaram em telhas de barro vários desenhos criados por eles, utilizando tintas de diversas cores oriundas do solo, usando como ingredientes somente solo, água, cola branca e corantes.
Esta técnica inspirada em costumes antigos, resgata o barreado utilizado para pintar fogões de lenha, fornalhas e paredes e que foi aprimorada pela Universidade Federal de Viçosa em Minas Gerais.

Material para a confecção da tinta de solo:
• amostras de solos com cores diferentes (peneirados);
• cola branca (tipo escolar ou de artesanato);
• água limpa;
• dosadores (colher de sopa, tampinhas de refrigerantes, potinhos);
• agitadores (colher de café, palitos de madeira ou plástico);
• recipientes para o preparo da tinta e lavagem dos pincéis (garrafas PET, potes de iogurte, vidros de maionese, etc.);
• pincéis para artesanato;
• materiais a serem pintados (tecido ou papel);
• panos para limpeza dos pincéis e mesa (panos de chão de algodão);

Preparo:
Secar o solo em uma área sombreada. Após, destorroar e peneirar (malha com no máximo 2 mm). Quanto menor a malha, melhor a qualidade da tinta. O preparo da tinta é um processo bem simples e envolve a mistura de 2 partes de solo peneirado, 2 partes de água e 1 parte de cola branca, mexendo bem com um agitador.

A tinta pode ser utilizada para a pintura de tecido, paredes, tijolos, papel ou papelão. Pinturas mais elaboradas, com fins de artes plásticas, também podem ser feitas.

           http://www.cnps.embrapa.br 


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Relatório de Sustentabilidade Global 2013


A sustentabilidade corporativa está aparecendo nas agendas das companhias ao redor do mundo. Os líderes corporativos reconhecem a crescente relevância e urgência mundial dos desafios ambientais, sociais e econômicos.
Lançado pelas Nações Unidas, o Relatório de Sustentabilidade Corporativa Global 2013 sintetiza um feedback levantado sobre as empresas e avalia a sustentabilidade empresarial de hoje. O relatório é baseado nas respostas da Pesquisa Anual de Implementação do Pacto Global. Em novembro de 2012, todas as empresas participantes do Pacto Global foram convidadas a participar da pesquisa on-line anônima – disponível em inglês, chinês, francês e espanhol – que foi administrado e analisado pela The Wharton School of the University da Pensilvânia. Foram entrevistadas 1.712 empresas de 113 países.
Resultados da pesquisa apontam para uma diferença clara entre o "dizer" e o "fazer" das etapas do Modelo de Gestão do Pacto Global. Por exemplo, das empresas entrevistadas, 65% da diretoria executiva está fazendo compromissos, definindo metas e elaborando políticas, mas apenas 35% está treinando gerentes para integrar a sustentabilidade em estratégias e operações.
Dos vários itens analisados dos 4 princípios, 51% das empresas realizam avaliação de impacto sobre o meio ambiente, em relação aos 13% que fazem sobre os direitos humanos, 23% sobre o trabalho e 14% sobre a corrupção no trabalho.
Na área de meio ambiente, 66% das empresas têm instalado um sistema de gestão ambiental, 54% monitoram seu desempenho ambiental (medida), mas apenas 38% relatam seus dados de emissões.
O documento aponta também que quase dois terços dos executivos não sabem quantificar o valor da sustentabilidade nos negócios, o que também é visto como um grande impedimento para o progresso das práticas sustentáveis.

"Nós não podemos alcançar um futuro mais justo, próspero e sustentável, sem o envolvimento e soluções das empresas" foi o que disse H.E. Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU. 


sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Transporte: O Veneno no Ar


Os habitantes das grandes cidades realizam vários deslocamentos diários que consomem tempo e dinheiro. A população de baixa renda que vive em bairros periféricos é a mais penalizada por percursos mais longos e caros e que subtraem horas de sono. Os meios de transporte, como ônibus, caminhões e carros, são um dos vilões da poluição sonora e do ar nas grandes cidades.

Enxofre
Os ônibus usam o óleo diesel como combustível, que gera inúmeros poluentes agressivos à saúde, sobretudo o dióxido de enxofre (SO2)
Os efeitos na saúde são bronquites, dores de cabeça, inflamações na pleura e câncer dos pulmões. Na presença de vapor de água, passa rapidamente a ácido sulfúrico e provoca chuva ácida.
A partir de 2012 começou a ser comercializado o diesel S-50 através do processo de dessulfurização – processo químico que retira o enxofre do diesel. No início de 2013, a Petrobrás lançou o diesel S-10 contribuindo ainda mais na redução de material particulado e fumaça branca.

Chumbo
O Brasil foi o terceiro país do mundo a retirar o chumbo da gasolina. O chumbo atualmente no Brasil é utilizado somente na gasolina de aviação. O chumbo era utilizado na gasolina para aumentar a octanagem da mesma e foi substituído pela adição de álcool.

Carros desregulados
Nossos carros são movidos à gasolina e álcool. O álcool é menos poluente, mas produz emissões de substâncias nocivas, como o monóxido de carbono (CO), os particulados e aldeídos. A combustão da gasolina gera mais emissões de CO, óxidos de nitrogênio (Nox), ozônio (O3) e de SO2. Elevadas concentrações de CO podem  ocasionar a morte por asfixia e o enfarte do miocárdio.
A desregulagem gera carburação imperfeita e aumenta as emissões atmosféricas de poluentes.
Durante o inverno, ocorre a inversão térmica que retém uma nuvem de poluição sobre a cidade. Nesse período, as pessoas respiram mais que o dobro de gases tóxicos.

Gás Natural
O gás natural é muito menos poluente que o óleo combustível ou qualquer outro combustível fóssil. Trata-se de um combustível mais limpo e ecologicamente correto. A queima do gás natural emite uma quantidade menor de material particulado, pouquíssimo óxido de enxofre – SO2, além de emitir menos dióxido de carbono – CO2, monóxido de carbono – CO e óxidos de nitrogênio – NOx.

Fonte: http://bd.camara.gov.br
          MINC, Carlos. Ecologia e Cidadania.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Semana Lixo Zero


a) O que é
A Semana Lixo Zero 2013 acontecerá de 21 à 26 de outubro, na cidade de Florianópolis/SC. As atividades, de caráter multidisciplinar, serão realizadas em diferentes locais e voltadas para diversos públicos.
b) Objetivo Geral
Envolver a sociedade para refletir sobre a gestão de seus resíduos, difundir o Conceito Lixo Zero e promover metas Lixo Zero e suas práticas.
c) Objetivos Específicos
PROMOVER e incentivar o debate de ideias e conceitos sobre os temas Lixo Zero e sustentabilidade entre jovens, profissionais e interessados no assunto;
FORTALECER e disseminar as práticas Lixo Zero no Brasil e mundo;
MOBILIZAR estudantes, representantes da juventude, organizações da sociedade civil e organizações governamentais para buscarem alternativas de planejamento e desenvolvimento de comunidades Lixo Zero;
INCENTIVAR a criação de Clubes Lixo Zero;
INSTRUIR e DESENVOLVER soluções inovadoras baseadas na sensibilização e conscientização ambiental para minimização da geração de lixo e a poluição do meio ambiente;
CRIAR compromisso e metas a serem implementadas após o evento nas localidades dos participantes;
FAZER com que o máximo de pessoas e organizações sintam-se corresponsáveis na busca de soluções e ações para a gestão de resíduos, compreendam o Conceito Lixo Zero e tenham boas práticas no seu dia-a-dia.
d) Resultados esperados
Esperamos, através destes eventos, que novas reflexões, mas principalmente práticas, sejam adotadas em busca de uma cidade e de um mundo melhor no que diz respeito à gestão de resíduos.
e) Quem realizaA Semana Lixo Zero é organizada pelo Instituto Lixo Zero Brasil (www.ilzb.org), que é uma instituição da sociedade civil autônoma sem fins lucrativos, sediada em Florianópolis e fundada em 2010, sendo pioneira na disseminação do Conceito e Princípios Lixo Zero no Brasil. Faz parte da ZIWA – Zero Waste International Alliance (www.zwia.org), movimento internacional de organizações que disseminam o Conceito e Princípios Lixo Zero no Mundo.
f) Eventos da Semana Lixo Zero 2013
- III Fórum Internacional Varejo Lixo Zero
- III Zero Waste Youth International Meeting
- II Seminário A Legislação e o Lixo Zero
- II Campus Lixo Zero
- II Fórum Tecnologias para gestão de resíduos rumo ao Lixo Zero
- I Eventos Lixo Zero
- I Seminário: Incentivo ao turismo Lixo Zero
- I Seminário: A importância da mídia na disseminação de práticas sustentáveis
- I Fórum Empreendedorismo em uma Economia Lixo Zero
- Semana Lixo Zero nas escolas
- Semana de arte “Reflexões sobre o lixo”: Exibição de filmes e documentários   sobre gestão de resíduos
- Intervenções artísticas voltadas para os temas gestão de resíduos e sustentabilidade
-  Ação Lixo Zero e Lixo Zero Festival
-  Pedalada Lixo Zero


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Projeto Morar Carioca: A Teoria e a Prática


Este mês a cidade do Rio de Janeiro recebeu o prêmio Comunidades Sustentáveis com o Projeto Morar Carioca.  O prefeito, Eduardo Paes, fez um anúncio em 2010 que todas as favelas do Rio estariam urbanizadas até 2020 através do Programa como parte do legado social dos Jogos Olímpicos de 2016.
O projeto foi criado para a realização de obras públicas para melhorar os serviços de água e esgoto, sistemas de drenagem, pavimentação, iluminação pública, oferta de áreas verdes, quadras esportivas, áreas de lazer, bem como a construção e instalação de equipamentos em centros de serviços sociais, além de regularização fundiária e de serviços sociais, tais como centros de educação e saúde.
Foi organizado um concurso no mesmo ano e 89 empresas de arquitetura apresentaram amostras de projetos para a urbanização de favelas. Foram escolhidas 40 empresas vencedoras e cada uma ficou responsável por um agrupamento de favelas. Somente na metade de 2012 os recursos foram liberados, enquanto isso as comunidades programadas para as melhorias estavam ansiosas e esperançosas.
Uma ONG foi contratada para realizar o diagnóstico social e levantamentos individuais porta-a-porta sobre as melhorias que os moradores achavam importantes.
No final de 2012, um plano foi apresentado em particular à prefeitura e outro plano à comunidade. Quer dizer, eles até escutaram a comunidade, mas fazer o que eles pediram vai ser outra história.
Eduardo Paes, durante a campanha de reeleição, disse que várias favelas já tinham recebido as obras, mas até maio de 2013 o programa não tinha indícios das obras.
Na verdade o que está acontecendo é que a prefeitura está usando o nome “Morar Carioca”, mas as urbanizações foram agendadas através do PAC e irão continuar com o financiamento do PAC.
No Morro da Providência está prevista a remoção de 832 casas sob o argumento que 317 destas estão no caminho das obras e 515 estão em áreas de risco (já existe um laudo provando que as casas não estão em área de risco).
 A prefeitura está assustando os moradores ao oferecer um aluguel social de 400 reais (não paga nem um quarto) ou uma indenização fora da realidade do mercado. O que parece é que estão mudando a favela de lugar.
O que eu li também é que no Morro do Alemão, que recebeu a UPP e urbanizações do PAC, 416 famílias e o presidente da Associação de Moradores foram praticamente expulsos quando o aluguel subiu mais de 300%.
O nome do programa tem sido utilizado até agora pelas autoridades locais em muitos casos para realizar intervenções autoritárias e unilaterais em favelas do Rio de Janeiro. O que posso entender disso é que o prefeito do Rio está aproveitando as Olimpíadas como desculpa que faltava para o governo (que está a serviço da especulação imobiliária e da construção civil) realizar políticas higienistas em áreas centrais ou subvalorizadas.

          http://rioonwatch.org.br

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Prêmio de Liderança Climática de Cidades


As cidades vencedoras do primeiro Prêmio de Liderança Climática de Cidades foram anunciadas em cerimônia realizada no dia 4 de setembro, em Londres. A premiação homenageou dez cidades pela excelência em sustentabilidade urbana e liderança no combate à mudança climática. Entre as grandes vencedoras, a cidade do Rio de Janeiro ganhou destaque na categoria Comunidades Sustentáveis, com o projeto Morar Carioca. Este programa acabará por ter um impacto de mais de 20% da população do Rio que estão atualmente vivendo em assentamentos informais, e terá um impacto direto sobre o meio ambiente, a saúde e o bem-estar de mais de 200.000 habitantes do Rio de Janeiro. O objetivo é manter as pessoas dentro de suas próprias comunidades, somente mudando as áreas atualmente sob ocupação de alto risco de deslizamentos de terra. Desde 2009, cerca de 20.000 famílias foram realocadas, e que o objetivo é reassentar todos os que vivem sob condições de risco. Como exemplo, 16 casas verdes, utilizando materiais ecológicos foram construídas pela Prefeitura na favela da Babilônia em 2013. Mas acho que o programa não parece ser tão bonito quanto parece. Vou pesquisar e comentar mais sobre ele em outro texto. Outras categorias e cidades premiadas:

Transportes Urbanos: BOGOTÁ – TransMilênio + E-táxis
A cidade estava enfrentando problemas de poluição do ar e congestionamento.  Para amenizar a situação, introduziu o sistema de transporte rápido (BRT) com alguns modelos híbridos e fazer crescer a frota de táxis elétricos na cidade.

Medição e Planejamento de Carbono: COPENHAGEM: Plano Clima CPH 2025
Em 2025, a cidade pretende tornar-se a primeira capital de carbono neutro. Para atingir essa meta ousada, a Câmara Municipal aprovou um vasto conjunto de iniciativas que, juntos, devem ter consumo de CO2 da cidade a partir de seu nível atual de cerca de 2,5 milhões de toneladas para menos de 1,2 milhões de toneladas em menos de duas décadas.

Áreas Construídas Energeticamente Eficientes: MELBOURNE: Programa Edifícios Sustentáveis
Este programa premiado incentiva e apoia os proprietários do edifício, gestores e gerentes de instalações para melhorar a energia dos edifícios comerciais de Melbourne, eficiência da água e reduzir os seus resíduos para aterro.

Qualidade do ar: CIDADE DO MÉXICO: Proar
Em 1992, a Organização das Nações Unidas informou que a Cidade do México foi a cidade mais poluída do planeta. Graças a uma série de planos abrangentes - chamado Proar - ao longo das duas últimas décadas, a cidade tem diminuído sua neblina e fumaça registrando reduções impressionantes em poluição local do ar, bem como as emissões de CO2.

Energia Verde: MUNIQUE: 100% de Energia Verde
 Munique tem como objetivo produzir eletricidade verde em suas próprias usinas até 2025 para atender às necessidades de todo o município de Munique - pelo menos 7,5 bilhões de quilowatts (kWh) por ano.

Adaptação e Resiliência: NEW YORK: A mais forte, a mais resiliente Nova York
Em 2012, o furação Sandy trouxe uma onda de tempestade inundando estradas, estações de metrô, falta de energia entre outros. O plano é reconstruir uma cidade mais forte com mais de 250 iniciativas e 60 serão realizadas até o final de 2013.

Gestão de Resíduos: San Francisco: Programa de Resíduo Zero
San Francisco venceu a categoria graças ao seu programa de Resíduo Zero, com uma meta ambiciosa de resíduo zero até 2020. Durante a última década, a taxa de reciclagem da cidade aumentou em até 80%.

Infraestrutura Urbana Inteligente: Cingapura: Sistema de Transporte Inteligente
Graças ao seu sistema de transporte inteligente e sofisticado, Cingapura é uma das cidades menos congestionadas do mundo. Um das iniciativas tomadas foram transporte público gratuito em horário de pico e altamente integrado.

Desenvolvimento Financeiro e Econômico: Tóquio: Programa de Limitação e Comércio
O programa, lançado em abril de 2010, é o primeiro do mundo que exige reduções de CO2 de grandes edifícios comerciais, públicos e industriais através de medidas de eficiência energética no local. No primeiro ano, as 1.159 instalações participantes reduziram as emissões em 13% no total.


sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O mercado de tintas e vernizes no Brasil


Composto por produtos das linhas imobiliária, industrial e automotiva, o setor de tintas e vernizes no mercado brasileiro já é bastante consolidado. Embora muitas vezes passem despercebidas, as tintas são produtos fundamentais onde quer que se vá ou qualquer item que se fabrique: veículos automotivos, bicicletas, capacetes, móveis, brinquedos, eletrodomésticos, vestuário, equipamentos, artesanatos, em impressão e serigrafia e na construção civil, superando assim a marca de um bilhão de litros de tintas produzidos anualmente.
Os principais impactos ambientais do setor podem estar associados tanto ao processo produtivo, como à geração de efluentes, ao próprio uso dos produtos ou mesmo à geração de resíduos de embalagem pós-uso.

Substituição de compostos perigosos

Cada vez mais as empresas estão engajadas em substituir as matérias-primas consideradas perigosas à saúde, segurança e meio ambiente por outras de menor toxicidade e impactos.
• A medida mais comum é substituição dos pigmentos de metais pesados (base chumbo, cromo, cádmio) por outros menos tóxicos.
• Formaldeído é usado como preservante em tintas e vernizes. Por ser elemento com suspeitas de ser cancerígeno, têm sido eliminado das formulações.
• Biocidas à base de mercúrio são produtos que foram abandonados pela sua toxicidade, substituídos por compostos de isotiazolina. O uso deste último composto sofre restrições por ser alergênico.
• Organo-silanos podem ser usados na formulação de primers no lugar de agentes anti-corrosivos a base de cromo hexavalente.
• Fungicidas a base de trifenil estanho ou tributil estanho devem ser evitados. São compostos de estanho orgânico capazes de causar irritações de pele e problemas endócrinos.
• Já existem no mercado, agentes coalescentes para tintas aquosas com baixo teor de VOC em substituição aos tradicionais TMB e glicóis.

Legislação

A Resolução nº 307, de 05 de julho de 2002 estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para gestão dos resíduos da construção civil. Nela, as tintas e vernizes são enquadrados como Classe D: são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde.
Apesar de serem tratados como resíduos perigosos, as embalagens de tintas não são proibidas de reciclagem, desde que os resíduos de tinta sejam destinados em conformidade com as normas técnicas específicas. 

              Resolução CONAMA nº307

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Acidificação dos Oceanos: verdadeiro ou falso?


Atualmente, vários textos na internet estão afirmando que o aumento das emissões antrópicas de dióxido de carbono é responsável pela elevação da temperatura global e pela acidificação dos oceanos, provocando também a elevação da temperatura da água e culminando na perda de importantes ecossistemas marinhos.
Existe uma relação direta entre a concentração do CO2 na atmosfera e o carbono dissolvido nos oceanos.  Porém, o carbono dissolvido nos oceanos entra na cadeia trófica através da fotossíntese das algas onde parte volta para o ciclo através da respiração e parte se perde para o fundo dos oceanos através da sedimentação. 


A capacidade dos oceanos de reter carbono depende da temperatura das águas.  Assim como um refrigerante quente perde o gás mais rápido que um refrigerante gelado, as águas frias também possuem uma maior capacidade de reter CO2.  Isso explica porque o Oceano Antártico é reconhecidamente uma região com altos níveis de matéria orgânica. 
Considerando as dimensões dos oceanos podemos imaginar que os mesmos são um imenso reservatório de gás carbônico. Porém a complexidade das interações entre os diversos fatores são tantas que atualmente não temos condições de avaliar o que realmente está acontecendo.  O problema é que a maioria das publicações disponíveis na internet são sensacionalistas e reducionistas.
Uma matéria no site mundo sustentável diz: “A acidificação dos oceanos, causada pelo acúmulo de CO2, e a elevação da temperatura da água já estão determinando perdas importantes nos ecossistemas marinhos”. É um pouco estranha esta afirmação, não é? Cadê a fonte do estudo?
Em outra matéria, publicada no site Instituto Carbono Brasil, li que a acidificação dos oceanos deixaria de produzir dimetilssulfeto, um dos componentes para a formação de nuvens. Hã!?!? Quer dizer que não vai ter mais nuvens!?!?
Pesquisas ainda estão sendo realizadas para avaliar quanto de carbono pode ser sequestrado sem prejudicar o ecossistema marinho.  Portanto, atualmente, qualquer afirmação a respeito do tema não passa de mera especulação. 

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Panorama dos Resíduos Sólidos em 2012


O Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil é um documento que foi criado com o objetivo de facilitar o acesso da sociedade em geral e o governo nas suas diferentes esferas permitindo uma visão geral do problema representado pelos resíduos sólidos no país.
O levantamento de dados deu-se exclusivamente por pesquisas diretas realizadas pela ABRELPE (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) junto aos Municípios com a aplicação de um questionário. Foram pesquisados 401 municípios no total, sendo 63 da região Sul.
A geração de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) no Brasil cresceu 1,3%, de 2011 para 2012, índice que é superior à taxa de crescimento populacional urbano no país no período, que foi de 0,9%. Houve também um aumento de 1,9% na quantidade de RSU coletados em 2012 relativamente a 2011. A região sudeste continua respondendo por mais de 50% do RSU coletados.

Distribuição da Quantidade Total de RSU Coletado (%)

Participação dos Principais Materiais no Total de RSU Coletado no Brasil em 2012


A quantidade de municípios com iniciativa de coleta seletiva aumentou pouco em todo Brasil. Na região Sul, em 2011, era 936 e subiu para somente 945 em 2012. 
A situação da destinação final adequada dos RSU no Brasil manteve-se inalterada em relação a 2011 com 58%, porém a destinação inadequada subiu de 23,2 milhões para 23,7 milhões de toneladas.
Ainda existem municípios na região Sul que dispõem seus resíduos em lixões. Com a nova Política Nacional de Resíduos Sólidos, estes terão que cumprir, até o dia 8 de agosto de 2014, as novas exigências. 
Clique aqui para fazer o download do documento.



segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Políticas Públicas Ambientais


As políticas públicas ambientais são uma das necessidades para que ocorra o desenvolvimento sustentável. É um conjunto de objetivos, diretrizes e instrumentos desencadeados pelo Estado, nas escalas federal, estadual e municipal, com vistas ao bem comum. Esta política tem como base os princípios constitucionais da precaução e prevenção.
Os instrumentos de política pública ambiental podem ser classificados em:
Comando e controle: Padrão de emissão, Padrão de qualidade, Licenciamento ambiental, Zoneamento ambiental, Estudo prévio de impacto ambiental, etc.
Econômico: Tributação sobre poluição, tributação sobre o uso de recursos naturais, incentivos econômicos para reduzir emissões, Criação e sustentação de mercados de produtos ambientalmente saudáveis.
Outros: Educação ambiental, Unidades de conservação, apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico e informações ao público.
Com base na Conferência de Estocolmo, foi criada a Política Nacional do Meio Ambiente através da lei nº 6.938/1981.
A Constituição Federal de 1988 estabeleceu a defesa do meio ambiente como um dos princípios a serem observados para as atividades econômicas em geral e incorporou o conceito de desenvolvimento sustentável no Capítulo VI dedicado ao meio ambiente.
A preocupação do poder público brasileiro com o meio ambiente fez surgir várias políticas: criação do código de caça, código florestal, código de minas, código de águas, educação ambiental, crimes ambientais e muitas outras.
Um marco importante para a política pública brasileira foi a Rio-92. A Conferência aprovou documentos como a Carta da Terra e a Agenda 21. Após, a Rio +10 e a Rio +20 onde se discutiram temas mundiais voltados ao meio ambiente, desde desenvolvimento econômico sustentável à erradicação da pobreza e diversos outros temas.
As questões aqui levantadas não esgotam o tema, que é amplo e cheio de especificidades. Vencer o desafio da sustentabilidade não é tarefa simples e exigirá a adoção de múltiplas estratégias para viabilizá-las. É preciso adequar as ações à realidade socioeconômica e ambiental específicas de cada região para que os esforços possam ser efetivos.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Projeto Banho de Energia


Projeto Banho de Energia, desenvolvido em parceria entre as Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), a Epagri e o Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR) está sendo implementado para 25 famílias de agricultores no município de Capão Alto, através das instalações do kit de trocador de calor, desde o mês de março deste ano.
A tecnologia criada pelo inventor catarinense José Alcino Alano é de baixo custo, fácil instalação e ambientalmente correta. Possibilita o aquecimento da água do chuveiro e da pia da cozinha utilizando o calor desperdiçado pelo cano do fogão à lenha que é muito utilizado nas residências, pelo frio rigoroso no inverno e, também, por uma questão de hábito no meio rural catarinense onde o fogo é feito desde a manhã e vai até o anoitecer.
Com 80% de seu custo subsidiado pelo programa de responsabilidade social da Celesc e 20% financiado pelo FDR, para pagamento sem juros e parcelado em 5 anos, o kit contendo um trocador de calor (peça de inox encaixada no cano do fogão), um boiler (reservatório de água em PVC revestido de isopor), chuveiro e encanamentos, foi adquirido seguindo critérios sociais, para que chegasse às famílias que mais precisam. 
A Epagri difundiu a tecnologia através de palestras, oficinas explicativas e acompanhamento das instalações. Em Capão Alto, uma das famílias de agricultores beneficiadas é a de Noredi Jordão, morador do Reassentamento Laranjeira, onde reside com a esposa Margarete Jordão e três filhos. Segundo o casal já é possível avaliar os benefícios que vão desde a economia no gasto de energia elétrica até o conforto de em uma manhã de geada ou até mesmo neve poder lavar a louça com a água aquecida. “Nunca tivemos água quente na pia e agora no chuveiro, mesmo nesses dias de geada de congelar os canos lá fora, a gente pode tomar banho numa água morninha”, conta Margarete.
Os depoimentos de famílias satisfeitas e que aprovaram a tecnologia tem despertado a atenção de outras famílias que procuram informação sobre como adquirir o kit, comprovando que boas ideias, com apoio de empresas públicas, podem gerar vários benefícios de economia de energia, preservação ambiental e melhor qualidade de vida às famílias catarinenses.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

SBPC e ABC manifestam preocupação quanto a exploração de gás de xisto no Brasil


No Brasil, boa parte do gás de xisto é encontrado nas mesmas bacias onde também existem as maiores reservas de água doce: Paraná e Amazônia. Esta exploração causa sérios impactos ao meio ambiente e à saúde.
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) enviaram carta à presidente da República, Dilma Rousseff, manifestando a sua preocupação com o anúncio da Agência Nacional do Petróleo (ANP) da decisão de incluir o chamado "Gás de Xisto", obtido por fraturamento da rocha (shale gas fracking), na próxima licitação, em novembro, de campos de gás natural em bacias sedimentares brasileiras.

Leia a carta abaixo:

São Paulo, 5 de agosto de 2013

SBPC-081/Dir.

Excelentíssima Senhora

Presidenta DILMA VANA ROUSSEFF

Presidência da República Federativa do Brasil

Senhora Presidenta,

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) manifestam a sua preocupação com o anúncio da Agência Nacional do Petróleo (ANP) da decisão de incluir o chamado "Gás de Xisto", obtido por fraturamento da rocha (shale gas fracking), na próxima licitação, em novembro, de campos de gás natural em bacias sedimentares brasileiras.

Apesar das notícias publicadas pela Agência Internacional de Energia dos EUA, que sugerem reservas de gás de xisto da ordem de 7,35 trilhões de m3 nas bacias geológicas do Paraná, do Parnaíba, do Solimões e Amazonas, do Recôncavo e do São Francisco (norte da Bahia e sul de Minas Gerais), e das estimativas da ANP, de que as mesmas podem ultrapassar no Brasil o dobro desse número, deve-se destacar o caráter totalmente preliminar dessas possíveis reservas, especialmente devido à falta de conhecimento, até o momento, das características petrográficas, estruturais e geomecânicas das rochas consideradas para esse cálculo, que poderão influir decisivamente na economicidade da sua explotação.

Por outro lado, a explotação de gás de xisto, apesar do sucesso tecnológico e econômico apresentado principalmente nos Estados Unidos, tem sido muito questionada pelos riscos e danos ambientais envolvidos. Enquanto o gás natural e o petróleo ocorrem em estruturas geológicas e nichos próprios, o gás de xisto impregna toda a rocha ou formação geológica. Nesta condição, a tecnologia de extração de gás está embasada em processos invasivos da camada geológica portadora do gás, por meio da técnica de fratura hidráulica, com a injeção de água e substâncias químicas, podendo ocasionar vazamentos e contaminação de aquíferos de água doce que ocorrem acima do xisto.

Por outro lado, os grandes volumes de água necessários no processo de extração, e que retornam à superfície, poluídos por hidrocarbonetos e por outros compostos e metais presentes na rocha e os próprios aditivos químicos utilizados, exigem caríssimas técnicas de purificação e de descarte dos resíduos finais.  A própria captação desta água pode representar uma forte concorrência com outros usos considerados preferenciais, como, por exemplo, o abastecimento humano.

É importante destacar, por exemplo, que boa parte das reservas de gás/óleo de xisto da Bacia do Paraná no Brasil e parte das reservas do norte da Argentina estão logo abaixo do Aquífero Guarani, a maior fonte de água doce de ótima qualidade da América do Sul. Logo, a exploração do gás de xisto nessas regiões deveria ser avaliada com muita cautela, já que há um potencial risco de contaminação das águas deste aquífero.

Nesse sentido, não é cabível que sejam imediatamente licitadas áreas de exploração a empresas, excluindo desta forma a comunidade científica e os próprios órgãos reguladores do País da possibilidade de acesso e discussão de todas as informações que poderão ser obtidas, por meio de estudos realizados diretamente pelas Universidades e Institutos de Pesquisas, com a finalidade de obter melhor conhecimento, tanto sobre as propriedades intrínsecas das jazidas e as condições de sua exploração, como das consequências ambientais dessa atividade, que poderão superar amplamente seus eventuais ganhos sociais.

Face ao exposto, e tendo em vista os resultados das discussões realizadas durante a 65ª Reunião da SBPC em Recife, Pernambuco, de 22 a 27 de julho de 2013, solicitamos à Presidenta da República, que seja sustada a licitação de áreas para explotação de Gás de Xisto, na 12ª Rodada prevista para novembro próximo, por um período suficiente para aprofundar os estudos, realizados por ICTs públicas, sobre a real potencialidade da utilização da fratura hidráulica e os possíveis prejuízos ambientais.

Muito Cordialmente,

HELENA B. NADER                                                   JACOB PALIS
Presidente da SBPC                                         Presidente da ABC

C/C:  Presidentes da Câmara e do Senado, ANP, CNPEM, MME, MCTI, MMA, CTPetro, FINEP, CNPq e  Sociedades Associadas à SBPC.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Novo Ranking da Sustentabilidade: Brasil Ocupa 45ª Posição



O Grupo Suíço de investimentos RobecoSAM, publicou o mais recente ranking da sustentabilidade.
No total foram avaliados 59 países: 21 desenvolvidos e 38 emergentes.  O Brasil está na 45ª posição com média 4,63. Entre os países analisados da América do Sul, o Brasil está atrás de Chile, Peru, Argentina e Colômbia.
O ranking está dividido em três categorias:
Meio Ambiente: Status, Energia e Riscos Ambientais;
Sociais: Indicadores Sociais, Desenvolvimento Humano, Greves e Gargalos;
Governança: Liberdade e Desigualdade, Competitividade, Riscos Políticos, Eficiência, Aplicação das Leis, Responsabilidade, Corrupção, Estabilidade, Qualidade Regulatória, Cuidados com a terceira idade e Instituições.
Foram um total de 17 indicadores que geraram uma nota de 1 a 10 para cada categoria. As pontuações finais desta estatística oferecem análises sobre os riscos e oportunidades de investimentos associado a cada país, permitindo que os investidores tomem melhores decisões.



terça-feira, 13 de agosto de 2013

A Monsanto quer dominar o Mundo


Entre as técnicas da biotecnologia encontramos os Organismos Geneticamente Modificados que utilizam a informação genética de um ser vivo em combinação com o material genético de outro. Com isso, podemos modificar o balanço nos nutrientes de um alimento, retirar algum componente ou acrescentar uma determinada resistência. Temos também plantas que podem resistir à pragas e a herbicidas.
A empresa Monsanto criou a soja transgênica que é resistente ao herbicida Roundup Ready. O problema que vou citar não é a produção da soja ou a possível redução na aplicação de herbicida na lavoura, mas a criação de dependência e dominação. Você não pode guardar sementes para plantar no ano seguinte, ou seja, torna o agricultor totalmente dependente da indústria. Além de ser obrigado a comprar a semente, tem que comprar o herbicida específico para esta semente. A empresa ganha duas vezes em cima do agricultor. Lendo alguns textos, vendo alguns vídeos na internet, vi que a Monsanto processou vários agricultores por terem guardado suas sementes.
Muitas pessoas que cultivavam o algodão transgênico na Índia se suicidaram porque a colheita não era boa e a dívida estava enorme. Sementes do Suicídio é o nome do livro de Vandana Shiva sobre o algodão. Recebeu prêmio Nobel alternativo.
No México, a cultura tradicional do milho crioulo não vence no preço do milho transgênico. Então, se quiser ganhar uma renda com o milho você tem que trocar para o transgênico ou então continuar plantando somente para sustentar sua família.  A pressão dos transgênicos tem ameaçado a preservação da base genética representada pelos cultivares tradicionais.
Parte da miséria e da fome pode ser culpa dessa “modernidade”. Vida de muitas famílias completamente dominadas por uma tecnologia que deveria ser só de benefícios. É claro que existem muitos agricultores ganhando dinheiro plantando transgênicos. Mas os ricos, os pobres, duvido. O empobrecimento do pequeno produtor rural aumenta a fome no campo e contribui para o êxodo rural.
E pouco se sabe sobre os efeitos com o uso a longo prazo para a saúde e o ambiente, não há nenhuma conclusão definitiva sobre o assunto. Quanto tempo demorou para provar que o CFC era prejudicial ao meio ambiente? E o DDT na agricultura? Alguns estudos sobre o milho da Mosanto já estão sendo realizados. Cientistas alegam que o milho NK 603 exposto ao herbicida glifosato apresenta maiores chances de desenvolver câncer e outras doenças graves.
No site da BBC é possível encontrar a lista dos transgênicos que já estão na cadeia alimentar.
Mas ainda temos muitos produtos que não são feitos a partir de alimentos transgênicos divulgados em outro site.