quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
Os 10 Mandamentos do Amigo do Planeta
Os 10 mandamentos do amigo do planeta tem por objetivo estimular um maior aprofundamento sobre o sentido de cidadania ambiental que deve reger o nosso cotidiano.
1- Só jogue lixo no lugar certo
É horrível quando a gente vê alguém jogando lixo no chão.
2- Poupe água e energia
A água que você usa não sai da parede.
3- Não desperdice
Evite consumir além do necessário.
4- Proteja os animais e plantas
5- Proteja as árvores
Para fabricar papel é preciso cortar árvores, logo, poupar papel é uma forma de defender as árvores.
6- Evite poluir seu meio ambiente
7- Faça coleta seletiva do lixo
É fácil separar. Você estará contribuindo ara poupar recursos naturais, aumentar a vida útil dos depósitos de lixo e diminuindo a poluição.
8- Só use biodegradáveis
9- Conheça mais a natureza
10- Participe dessa luta
Fonte: Declaração dos Direitos da Água, Epagri.
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO)
A
Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) atua como um
fórum neutro, onde todos os países, desenvolvidos e em desenvolvimento, se
reúnem em igualdade para negociar acordos, debater políticas e impulsionar
iniciativas estratégicas. Atualmente a FAO tem 191 países membros, mais a
Comunidade Européia. A rede mundial compreende cinco oficinas regionais e 78
escritórios nacionais.
A FAO
trabalha no combate à fome e à pobreza, promove o desenvolvimento agrícola, a
melhoria da nutrição, a busca da segurança alimentar e o acesso de todas as
pessoas, em todos os momentos, aos alimentos necessários para uma vida
saudável.
Reforça a agricultura
e o desenvolvimento sustentável, como estratégia a longo prazo, para aumentar a
produção e o acesso de todos aos alimentos, ao mesmo tempo em que
preserva os recursos naturais.
A FAO elegeu o ano de
2013 como Ano Internacional da Quinoa. Além das qualidades nutricionais da
quinoa, a sua adaptabilidade a diferentes climas e solos é uma potencial
contribuição para ajudar na erradicação da fome e desnutrição.
Assisti a uma palestra em
Florianópolis de um dos representantes da organização sobre a quinoa. Um das
coisas que me deixaram um pouco incomodada foi o fato do palestrante não saber orientar
os agricultores onde conseguir a semente da quinoa. A organização faz todo um
movimento e não sabe o básico. “Vou perguntar para EMBRAPA onde conseguir”,
disse ele.
Outro ponto foi sobre o
aquecimento global. Ele trouxe um slide totalmente desatualizado. Como podem
ver na figura abaixo, o último ano de coleta de dados apresentado foi de 1999.
A pergunta que não quer calar: por que está tão desatualizado? Será por
desleixo ou porque a Terra parou de aquecer?quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Fazendo tinta com a terra
A
Epagri de Nova Veneza promoveu oficina sobre “Cores da Terra” para professores
e alunos do ensino fundamental da Escola Municipal Ítalo Amboni, da comunidade
de Rio Cedro Médio, Em Nova Veneza, no dia 13 de setembro.
O objetivo desta oficina foi o de ensinar a técnica de elaboração de
tintas a partir de solos com baixo custo e impacto ambiental.
Na escola alunos e professores, pintaram em telhas de barro vários desenhos criados por eles, utilizando tintas de diversas cores oriundas do solo, usando como ingredientes somente solo, água, cola branca e corantes.
Esta técnica inspirada em costumes antigos, resgata o barreado utilizado para pintar fogões de lenha, fornalhas e paredes e que foi aprimorada pela Universidade Federal de Viçosa em Minas Gerais.
Na escola alunos e professores, pintaram em telhas de barro vários desenhos criados por eles, utilizando tintas de diversas cores oriundas do solo, usando como ingredientes somente solo, água, cola branca e corantes.
Esta técnica inspirada em costumes antigos, resgata o barreado utilizado para pintar fogões de lenha, fornalhas e paredes e que foi aprimorada pela Universidade Federal de Viçosa em Minas Gerais.
Material
para a confecção da tinta de solo:
• amostras de solos com
cores diferentes (peneirados);
• cola branca (tipo
escolar ou de artesanato);
• água limpa;
• dosadores (colher de
sopa, tampinhas de refrigerantes, potinhos);
• agitadores (colher de
café, palitos de madeira ou plástico);
• recipientes para o
preparo da tinta e lavagem dos pincéis (garrafas PET, potes de iogurte, vidros
de maionese, etc.);
• pincéis para
artesanato;
• materiais a serem
pintados (tecido ou papel);
• panos para limpeza
dos pincéis e mesa (panos de chão de algodão);
Preparo:
Secar o solo em uma
área sombreada. Após, destorroar e peneirar (malha com no máximo 2 mm). Quanto menor
a malha, melhor a qualidade da tinta. O preparo da tinta é um processo bem
simples e envolve a mistura de 2 partes de solo peneirado, 2 partes de água e 1
parte de cola branca, mexendo bem com um agitador.
A tinta pode ser
utilizada para a pintura de tecido, paredes, tijolos, papel ou papelão. Pinturas
mais elaboradas, com fins de artes plásticas, também podem ser feitas.
Fonte: http://www.epagri.sc.gov.br
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Relatório de Sustentabilidade Global 2013
A sustentabilidade corporativa está aparecendo nas agendas das
companhias ao redor do mundo. Os líderes corporativos reconhecem a crescente
relevância e urgência mundial dos desafios ambientais, sociais e econômicos.
Lançado pelas Nações Unidas, o Relatório de Sustentabilidade Corporativa Global 2013 sintetiza um feedback levantado sobre as empresas e avalia a
sustentabilidade empresarial de hoje. O relatório é baseado nas respostas da
Pesquisa Anual de Implementação do Pacto Global. Em novembro de 2012, todas as
empresas participantes do Pacto Global foram convidadas a participar da
pesquisa on-line anônima – disponível em inglês, chinês, francês e espanhol –
que foi administrado e analisado pela The Wharton School of the University da
Pensilvânia. Foram
entrevistadas 1.712 empresas de 113 países.
Resultados da pesquisa apontam para
uma diferença clara entre o "dizer" e o "fazer" das etapas
do Modelo de Gestão do Pacto Global. Por exemplo, das empresas entrevistadas, 65%
da diretoria executiva está fazendo compromissos, definindo metas e elaborando
políticas, mas apenas 35% está treinando gerentes para integrar a
sustentabilidade em estratégias e operações.
Dos vários itens analisados dos 4
princípios, 51% das empresas realizam avaliação de impacto sobre o meio
ambiente, em relação aos 13% que fazem sobre os direitos humanos, 23% sobre o
trabalho e 14% sobre a corrupção no trabalho.
Na área de meio ambiente, 66% das
empresas têm instalado um sistema de gestão ambiental, 54% monitoram seu
desempenho ambiental (medida), mas apenas 38% relatam seus dados de emissões.
O documento aponta também que quase
dois terços dos executivos não sabem quantificar o valor da sustentabilidade
nos negócios, o que também é visto como um grande impedimento para o progresso
das práticas sustentáveis.
"Nós não podemos alcançar um futuro mais justo,
próspero e sustentável, sem o envolvimento e soluções das empresas" foi o
que disse H.E. Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU.
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Transporte: O Veneno no Ar
Os habitantes das
grandes cidades realizam vários deslocamentos diários que consomem tempo e
dinheiro. A população de baixa renda que vive em bairros periféricos é a mais
penalizada por percursos mais longos e caros e que subtraem horas de sono. Os meios de
transporte, como ônibus, caminhões e carros, são um dos vilões da poluição
sonora e do ar nas grandes cidades.
Enxofre
Os ônibus usam o óleo
diesel como combustível, que gera inúmeros poluentes agressivos à saúde,
sobretudo o dióxido de enxofre (SO2)
Os efeitos na saúde são
bronquites, dores de cabeça, inflamações na pleura e câncer dos pulmões. Na
presença de vapor de água, passa rapidamente a ácido sulfúrico e provoca chuva
ácida.
A partir de 2012
começou a ser comercializado o diesel S-50 através do processo de
dessulfurização – processo químico que retira o enxofre do diesel. No início de
2013, a Petrobrás lançou o diesel S-10 contribuindo ainda mais na redução de
material particulado e fumaça branca.
Chumbo
O Brasil foi o terceiro
país do mundo a retirar o chumbo da gasolina. O chumbo atualmente no Brasil é utilizado
somente na gasolina de aviação. O chumbo era utilizado na gasolina para
aumentar a octanagem da mesma e foi substituído pela adição de álcool.
Carros
desregulados
Nossos carros são
movidos à gasolina e álcool. O álcool é menos poluente, mas produz emissões de
substâncias nocivas, como o monóxido de carbono (CO), os particulados e
aldeídos. A combustão da gasolina gera mais emissões de CO, óxidos de
nitrogênio (Nox), ozônio (O3) e de SO2. Elevadas
concentrações de CO podem ocasionar a
morte por asfixia e o enfarte do miocárdio.
A desregulagem gera
carburação imperfeita e aumenta as emissões atmosféricas de poluentes.
Durante o inverno,
ocorre a inversão térmica que retém uma nuvem de poluição sobre a cidade. Nesse
período, as pessoas respiram mais que o dobro de gases tóxicos.
Gás
Natural
O gás natural é muito
menos poluente que o óleo combustível ou qualquer outro combustível fóssil.
Trata-se de um combustível mais limpo e ecologicamente correto. A queima do gás
natural emite uma quantidade menor de material particulado, pouquíssimo óxido
de enxofre – SO2, além de emitir menos dióxido de carbono – CO2,
monóxido de carbono – CO e óxidos de nitrogênio – NOx.
Fonte: http://bd.camara.gov.br
MINC, Carlos. Ecologia e Cidadania.
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Semana Lixo Zero
a) O que é
A Semana Lixo Zero 2013 acontecerá de 21 à 26 de outubro, na cidade de Florianópolis/SC. As atividades, de caráter multidisciplinar, serão realizadas em diferentes locais e voltadas para diversos públicos.
A Semana Lixo Zero 2013 acontecerá de 21 à 26 de outubro, na cidade de Florianópolis/SC. As atividades, de caráter multidisciplinar, serão realizadas em diferentes locais e voltadas para diversos públicos.
b) Objetivo Geral
Envolver a sociedade para refletir sobre a gestão de seus resíduos, difundir o Conceito Lixo Zero e promover metas Lixo Zero e suas práticas.
Envolver a sociedade para refletir sobre a gestão de seus resíduos, difundir o Conceito Lixo Zero e promover metas Lixo Zero e suas práticas.
c) Objetivos Específicos
PROMOVER e incentivar o debate de ideias e conceitos sobre os temas Lixo Zero e sustentabilidade entre jovens, profissionais e interessados no assunto;
FORTALECER e disseminar as práticas Lixo Zero no Brasil e mundo;
MOBILIZAR estudantes, representantes da juventude, organizações da sociedade civil e organizações governamentais para buscarem alternativas de planejamento e desenvolvimento de comunidades Lixo Zero;
INCENTIVAR a criação de Clubes Lixo Zero;
INSTRUIR e DESENVOLVER soluções inovadoras baseadas na sensibilização e conscientização ambiental para minimização da geração de lixo e a poluição do meio ambiente;
CRIAR compromisso e metas a serem implementadas após o evento nas localidades dos participantes;
FAZER com que o máximo de pessoas e organizações sintam-se corresponsáveis na busca de soluções e ações para a gestão de resíduos, compreendam o Conceito Lixo Zero e tenham boas práticas no seu dia-a-dia.
PROMOVER e incentivar o debate de ideias e conceitos sobre os temas Lixo Zero e sustentabilidade entre jovens, profissionais e interessados no assunto;
FORTALECER e disseminar as práticas Lixo Zero no Brasil e mundo;
MOBILIZAR estudantes, representantes da juventude, organizações da sociedade civil e organizações governamentais para buscarem alternativas de planejamento e desenvolvimento de comunidades Lixo Zero;
INCENTIVAR a criação de Clubes Lixo Zero;
INSTRUIR e DESENVOLVER soluções inovadoras baseadas na sensibilização e conscientização ambiental para minimização da geração de lixo e a poluição do meio ambiente;
CRIAR compromisso e metas a serem implementadas após o evento nas localidades dos participantes;
FAZER com que o máximo de pessoas e organizações sintam-se corresponsáveis na busca de soluções e ações para a gestão de resíduos, compreendam o Conceito Lixo Zero e tenham boas práticas no seu dia-a-dia.
d) Resultados esperados
Esperamos, através destes eventos, que novas reflexões, mas principalmente práticas, sejam adotadas em busca de uma cidade e de um mundo melhor no que diz respeito à gestão de resíduos.
Esperamos, através destes eventos, que novas reflexões, mas principalmente práticas, sejam adotadas em busca de uma cidade e de um mundo melhor no que diz respeito à gestão de resíduos.
e) Quem realizaA Semana Lixo Zero é organizada pelo Instituto Lixo Zero Brasil (www.ilzb.org), que é uma instituição da sociedade civil autônoma sem fins lucrativos, sediada em Florianópolis e fundada em 2010, sendo pioneira na disseminação do Conceito e Princípios Lixo Zero no Brasil. Faz parte da ZIWA – Zero Waste International Alliance (www.zwia.org), movimento internacional de organizações que disseminam o Conceito e Princípios Lixo Zero no Mundo.
f) Eventos da Semana Lixo Zero 2013
- III Fórum Internacional Varejo Lixo Zero
- III Zero Waste Youth International Meeting
- II Seminário A Legislação e o Lixo Zero
- II Campus Lixo Zero
- II Fórum Tecnologias para gestão de resíduos rumo ao Lixo Zero
- I Eventos Lixo Zero
- I Seminário: Incentivo ao turismo Lixo Zero
- I Seminário: A importância da mídia na disseminação de práticas sustentáveis
- I Fórum Empreendedorismo em uma Economia Lixo Zero
- Semana Lixo Zero nas escolas
- Semana de arte “Reflexões sobre o lixo”: Exibição de filmes e documentários sobre gestão de resíduos
- Intervenções artísticas voltadas para os temas gestão de resíduos e sustentabilidade
- Ação Lixo Zero e Lixo Zero Festival
- Pedalada Lixo Zero
- III Zero Waste Youth International Meeting
- II Seminário A Legislação e o Lixo Zero
- II Campus Lixo Zero
- II Fórum Tecnologias para gestão de resíduos rumo ao Lixo Zero
- I Eventos Lixo Zero
- I Seminário: Incentivo ao turismo Lixo Zero
- I Seminário: A importância da mídia na disseminação de práticas sustentáveis
- I Fórum Empreendedorismo em uma Economia Lixo Zero
- Semana Lixo Zero nas escolas
- Semana de arte “Reflexões sobre o lixo”: Exibição de filmes e documentários sobre gestão de resíduos
- Intervenções artísticas voltadas para os temas gestão de resíduos e sustentabilidade
- Ação Lixo Zero e Lixo Zero Festival
- Pedalada Lixo Zero
Fonte:http://ilzb.org
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Projeto Morar Carioca: A Teoria e a Prática
Este mês a cidade do Rio de Janeiro recebeu o prêmio Comunidades
Sustentáveis com o Projeto Morar Carioca. O prefeito, Eduardo Paes, fez um anúncio em
2010 que todas as favelas do Rio estariam urbanizadas até 2020 através do
Programa como parte do legado social dos Jogos Olímpicos de 2016.
O projeto foi criado para a realização de obras públicas para melhorar
os serviços de água e esgoto, sistemas de drenagem, pavimentação, iluminação
pública, oferta de áreas verdes, quadras esportivas, áreas de lazer, bem como a
construção e instalação de equipamentos em centros de serviços sociais, além de
regularização fundiária e de serviços sociais, tais como centros de educação e
saúde.
Foi organizado um concurso no mesmo ano e 89 empresas de arquitetura
apresentaram amostras de projetos para a urbanização de favelas. Foram
escolhidas 40 empresas vencedoras e cada uma ficou responsável por um
agrupamento de favelas. Somente na metade de 2012 os recursos foram liberados,
enquanto isso as comunidades programadas para as melhorias estavam ansiosas e
esperançosas.
Uma ONG foi contratada para realizar o diagnóstico social e
levantamentos individuais porta-a-porta sobre as melhorias que os moradores
achavam importantes.
No final de 2012, um plano foi apresentado em particular à prefeitura
e outro plano à comunidade. Quer dizer, eles até escutaram a comunidade, mas
fazer o que eles pediram vai ser outra história.
Eduardo Paes, durante a campanha de reeleição, disse que várias
favelas já tinham recebido as obras, mas até maio de 2013 o programa não tinha
indícios das obras.
Na verdade o que está acontecendo é que a prefeitura está usando o nome
“Morar Carioca”, mas as urbanizações foram agendadas através do PAC e irão
continuar com o financiamento do PAC.
No Morro da Providência está prevista a remoção de 832 casas sob o
argumento que 317 destas estão no caminho das obras e 515 estão em áreas de
risco (já existe um laudo provando que as casas não estão em área de risco).
A prefeitura está assustando os
moradores ao oferecer um aluguel social de 400 reais (não paga nem um quarto)
ou uma indenização fora da realidade do mercado. O que parece é que estão
mudando a favela de lugar.
O que eu li também é que no Morro do Alemão, que recebeu a UPP e
urbanizações do PAC, 416 famílias e o presidente da Associação de Moradores
foram praticamente expulsos quando o aluguel subiu mais de 300%.
O nome do programa tem sido utilizado até agora pelas autoridades
locais em muitos casos para realizar intervenções autoritárias e unilaterais em
favelas do Rio de Janeiro. O que posso entender disso é que o prefeito do Rio está
aproveitando as Olimpíadas como desculpa que faltava para o governo (que está a
serviço da especulação imobiliária e da construção civil) realizar políticas
higienistas em áreas centrais ou subvalorizadas.
Fonte: Fórum comunitário
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Prêmio de Liderança Climática de Cidades
As
cidades vencedoras do primeiro Prêmio de Liderança Climática de Cidades foram
anunciadas em cerimônia realizada no dia 4 de setembro, em Londres. A premiação
homenageou dez cidades pela excelência em sustentabilidade urbana e liderança
no combate à mudança climática. Entre as grandes vencedoras, a cidade do Rio de
Janeiro ganhou destaque na categoria Comunidades Sustentáveis, com o projeto Morar Carioca. Este programa
acabará por ter um impacto de mais de 20% da população do Rio que estão
atualmente vivendo em assentamentos informais, e terá um impacto direto sobre o
meio ambiente, a saúde e o bem-estar de mais de 200.000 habitantes do Rio de
Janeiro. O objetivo é manter as
pessoas dentro de suas próprias comunidades, somente mudando as áreas
atualmente sob ocupação de alto risco de deslizamentos de terra. Desde 2009, cerca de 20.000 famílias
foram realocadas, e que o objetivo é reassentar todos os que vivem sob
condições de risco. Como exemplo,
16 casas verdes, utilizando materiais ecológicos foram construídas pela
Prefeitura na favela da Babilônia em 2013. Mas acho que o programa não parece
ser tão bonito quanto parece. Vou pesquisar e comentar mais sobre ele em outro
texto. Outras categorias e cidades premiadas:
Transportes Urbanos: BOGOTÁ – TransMilênio + E-táxis
A
cidade estava enfrentando problemas de poluição do ar e congestionamento. Para amenizar a situação, introduziu o
sistema de transporte rápido (BRT) com alguns modelos híbridos e fazer crescer
a frota de táxis elétricos na cidade.
Medição e Planejamento de Carbono: COPENHAGEM: Plano Clima
CPH 2025
Em
2025, a cidade pretende tornar-se a primeira capital de carbono neutro. Para atingir essa meta ousada,
a Câmara Municipal aprovou um vasto conjunto de iniciativas que, juntos, devem
ter consumo de CO2 da cidade a partir de seu nível atual de cerca de
2,5 milhões de toneladas para menos de 1,2 milhões de toneladas em menos de
duas décadas.
Áreas
Construídas Energeticamente Eficientes: MELBOURNE:
Programa Edifícios Sustentáveis
Este
programa premiado incentiva e apoia os proprietários do edifício, gestores e
gerentes de instalações para melhorar a energia dos edifícios comerciais de
Melbourne, eficiência da água e reduzir os seus resíduos para aterro.
Qualidade
do ar: CIDADE DO MÉXICO: Proar
Em 1992, a Organização das Nações Unidas informou que a
Cidade do México foi a cidade mais poluída do planeta. Graças a uma série de planos
abrangentes - chamado Proar - ao longo das duas últimas décadas, a cidade tem
diminuído sua neblina e fumaça registrando reduções impressionantes em poluição
local do ar, bem como as emissões de CO2.
Energia
Verde: MUNIQUE: 100% de Energia Verde
Munique
tem como objetivo produzir eletricidade verde em suas próprias usinas até 2025
para atender às necessidades de todo o município de Munique - pelo menos 7,5
bilhões de quilowatts (kWh) por ano.
Adaptação e
Resiliência: NEW
YORK: A mais forte, a mais resiliente Nova York
Em
2012, o furação Sandy trouxe uma onda de tempestade inundando estradas,
estações de metrô, falta de energia entre outros. O plano é reconstruir uma
cidade mais forte com mais de 250 iniciativas e 60 serão realizadas até o final
de 2013.
Gestão de
Resíduos: San
Francisco: Programa de Resíduo Zero
San Francisco venceu a categoria
graças ao seu programa de Resíduo Zero, com uma meta ambiciosa de resíduo zero
até 2020. Durante a última década, a taxa de reciclagem da cidade aumentou em
até 80%.
Infraestrutura
Urbana Inteligente: Cingapura:
Sistema de Transporte Inteligente
Graças ao seu sistema de transporte
inteligente e sofisticado, Cingapura é uma das cidades menos congestionadas do
mundo. Um das iniciativas tomadas foram transporte público gratuito em horário
de pico e altamente integrado.
Desenvolvimento Financeiro e Econômico: Tóquio: Programa de
Limitação e Comércio
O programa, lançado em abril de 2010, é o primeiro do mundo
que exige reduções de CO2 de grandes edifícios comerciais, públicos e
industriais através de medidas de eficiência energética no local. No primeiro
ano, as 1.159 instalações participantes reduziram as emissões em 13% no total.
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
O mercado de tintas e vernizes no Brasil
Composto por produtos
das linhas imobiliária, industrial e automotiva, o setor de tintas e vernizes no mercado brasileiro já é bastante consolidado. Embora muitas vezes passem despercebidas, as
tintas são produtos fundamentais onde quer que se vá ou qualquer item que se
fabrique: veículos automotivos, bicicletas, capacetes, móveis, brinquedos,
eletrodomésticos, vestuário, equipamentos, artesanatos, em impressão e
serigrafia e na construção civil, superando assim a marca de um bilhão de
litros de tintas produzidos anualmente.
Os principais impactos
ambientais do setor podem estar associados tanto ao processo produtivo, como à
geração de efluentes, ao próprio uso dos produtos ou mesmo à geração de
resíduos de embalagem pós-uso.
Substituição de compostos perigosos
Cada vez mais as empresas estão engajadas em substituir
as matérias-primas consideradas perigosas à saúde, segurança e meio ambiente
por outras de menor toxicidade e impactos.
• A medida mais comum é substituição dos pigmentos de
metais pesados (base chumbo, cromo, cádmio) por outros menos tóxicos.
• Formaldeído é usado como preservante em tintas e
vernizes. Por ser elemento com suspeitas de ser cancerígeno, têm sido eliminado
das formulações.
• Biocidas à base de mercúrio são produtos que foram
abandonados pela sua toxicidade, substituídos por compostos de isotiazolina. O
uso deste último composto sofre restrições por ser alergênico.
• Organo-silanos podem ser usados na formulação de
primers no lugar de agentes anti-corrosivos a base de cromo hexavalente.
• Fungicidas a base de trifenil estanho ou tributil
estanho devem ser evitados. São compostos de estanho orgânico capazes de causar
irritações de pele e problemas endócrinos.
• Já existem no mercado, agentes coalescentes para tintas
aquosas com baixo teor de VOC em substituição aos tradicionais TMB e glicóis.
Legislação
A Resolução nº 307, de 05 de julho de 2002 estabelece
diretrizes, critérios e procedimentos para gestão dos resíduos da construção
civil. Nela, as tintas e vernizes são enquadrados como Classe D: são resíduos
perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes,
óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de
demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações
industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que
contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde.
Apesar de serem tratados como resíduos perigosos, as
embalagens de tintas não são proibidas de reciclagem, desde que os resíduos de
tinta sejam destinados em conformidade com as normas técnicas específicas.
Fonte: http://www.abrafati.com.br
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Acidificação dos Oceanos: verdadeiro ou falso?
Atualmente, vários textos na internet estão
afirmando que o aumento das emissões antrópicas de dióxido de carbono é
responsável pela elevação da temperatura global e pela acidificação dos oceanos,
provocando também a elevação da temperatura da água e culminando na perda de importantes
ecossistemas marinhos.
Existe uma relação direta entre a
concentração do CO2 na atmosfera e o carbono dissolvido nos
oceanos. Porém, o carbono dissolvido nos
oceanos entra na cadeia trófica através da fotossíntese das algas onde parte
volta para o ciclo através da respiração e parte se perde para o fundo dos
oceanos através da sedimentação.
A capacidade dos oceanos de reter carbono
depende da temperatura das águas. Assim
como um refrigerante quente perde o gás mais rápido que um refrigerante gelado,
as águas frias também possuem uma maior capacidade de reter CO2. Isso explica porque o Oceano Antártico é
reconhecidamente uma região com altos níveis de matéria orgânica.
Considerando as dimensões dos oceanos podemos imaginar que os mesmos são um imenso reservatório de gás carbônico.
Porém a complexidade das interações entre os diversos fatores são tantas que
atualmente não temos condições de avaliar o que realmente está
acontecendo. O problema é que a maioria
das publicações disponíveis na internet são sensacionalistas e reducionistas.
Uma matéria no site mundo sustentável
diz: “A acidificação dos oceanos, causada pelo acúmulo de CO2, e a elevação da
temperatura da água já estão determinando perdas importantes nos ecossistemas
marinhos”. É um pouco estranha esta afirmação, não é? Cadê a fonte do estudo?
Em outra matéria, publicada no site
Instituto Carbono Brasil, li que a acidificação dos oceanos deixaria de produzir
dimetilssulfeto, um dos componentes para a formação de nuvens. Hã!?!? Quer
dizer que não vai ter mais nuvens!?!?
Pesquisas ainda estão sendo realizadas
para avaliar quanto de carbono pode ser sequestrado sem prejudicar o
ecossistema marinho. Portanto,
atualmente, qualquer afirmação a respeito do tema não passa de mera
especulação.
terça-feira, 27 de agosto de 2013
Panorama dos Resíduos Sólidos em 2012
O Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil é um documento que foi
criado com o objetivo de facilitar o acesso da sociedade em geral e o governo nas
suas diferentes esferas permitindo uma visão geral do problema representado
pelos resíduos sólidos no país.
O levantamento de dados
deu-se exclusivamente por pesquisas diretas realizadas pela ABRELPE (Associação
Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) junto aos
Municípios com a aplicação de um questionário. Foram pesquisados 401 municípios
no total, sendo 63 da região Sul.
A
geração de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) no Brasil cresceu 1,3%, de 2011 para
2012, índice que é superior à taxa de crescimento populacional urbano no país
no período, que foi de 0,9%. Houve também um aumento de 1,9% na quantidade de
RSU coletados em 2012 relativamente a 2011. A região sudeste continua
respondendo por mais de 50% do RSU coletados.
Distribuição
da Quantidade Total de RSU Coletado (%)
Participação dos Principais Materiais no Total de RSU Coletado no Brasil em 2012
A quantidade de municípios com
iniciativa de coleta seletiva aumentou pouco em todo Brasil. Na região Sul, em
2011, era 936 e subiu para somente 945 em 2012.
A situação da destinação final
adequada dos RSU no Brasil manteve-se inalterada em relação a 2011 com 58%,
porém a destinação inadequada subiu de 23,2 milhões para 23,7 milhões de
toneladas.
Ainda existem municípios na região Sul
que dispõem seus resíduos em lixões. Com a nova Política Nacional de Resíduos
Sólidos, estes terão que cumprir, até o dia 8 de agosto de 2014, as novas
exigências.
Clique aqui para fazer o download do documento.
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Políticas Públicas Ambientais
As políticas públicas
ambientais são uma das necessidades para que ocorra o desenvolvimento
sustentável. É um conjunto de objetivos, diretrizes e instrumentos desencadeados
pelo Estado, nas escalas federal, estadual e municipal, com vistas ao bem
comum. Esta política tem como base os princípios constitucionais da precaução e
prevenção.
Os instrumentos de
política pública ambiental podem ser classificados em:
Comando
e controle: Padrão de
emissão, Padrão de qualidade, Licenciamento ambiental, Zoneamento ambiental,
Estudo prévio de impacto ambiental, etc.
Econômico: Tributação sobre poluição, tributação
sobre o uso de recursos naturais, incentivos econômicos para reduzir emissões,
Criação e sustentação de mercados de produtos ambientalmente saudáveis.
Outros:
Educação ambiental,
Unidades de conservação, apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico e
informações ao público.
Com base na Conferência
de Estocolmo, foi criada a Política Nacional do Meio Ambiente através da lei nº
6.938/1981.
A Constituição Federal
de 1988 estabeleceu a defesa do meio ambiente como um dos princípios a serem
observados para as atividades econômicas em geral e incorporou o conceito de
desenvolvimento sustentável no Capítulo VI dedicado ao meio ambiente.
A preocupação do poder
público brasileiro com o meio ambiente fez surgir várias políticas: criação do
código de caça, código florestal, código de minas, código de águas, educação
ambiental, crimes ambientais e muitas outras.
Um marco importante
para a política pública brasileira foi a Rio-92. A Conferência aprovou
documentos como a Carta da Terra e a Agenda 21. Após, a Rio +10 e a Rio +20
onde se discutiram temas mundiais voltados ao meio ambiente, desde desenvolvimento
econômico sustentável à erradicação da pobreza e diversos outros temas.
As questões aqui
levantadas não esgotam o tema, que é amplo e cheio de especificidades. Vencer o
desafio da sustentabilidade não é tarefa simples e exigirá a adoção de
múltiplas estratégias para viabilizá-las. É preciso adequar as ações à
realidade socioeconômica e ambiental específicas de cada região para que os
esforços possam ser efetivos.
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Projeto Banho de Energia
Projeto Banho de Energia, desenvolvido em parceria entre as Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), a Epagri e o Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR) está sendo implementado para 25 famílias de agricultores no município de Capão Alto, através das instalações do kit de trocador de calor, desde o mês de março deste ano.
A tecnologia criada pelo inventor catarinense José Alcino Alano é de baixo custo, fácil instalação e ambientalmente correta. Possibilita o aquecimento da água do chuveiro e da pia da cozinha utilizando o calor desperdiçado pelo cano do fogão à lenha que é muito utilizado nas residências, pelo frio rigoroso no inverno e, também, por uma questão de hábito no meio rural catarinense onde o fogo é feito desde a manhã e vai até o anoitecer.
Com 80% de seu custo subsidiado pelo programa de responsabilidade social da Celesc e 20% financiado pelo FDR, para pagamento sem juros e parcelado em 5 anos, o kit contendo um trocador de calor (peça de inox encaixada no cano do fogão), um boiler (reservatório de água em PVC revestido de isopor), chuveiro e encanamentos, foi adquirido seguindo critérios sociais, para que chegasse às famílias que mais precisam.
A Epagri difundiu a tecnologia através de palestras, oficinas explicativas e acompanhamento das instalações. Em Capão Alto, uma das famílias de agricultores beneficiadas é a de Noredi Jordão, morador do Reassentamento Laranjeira, onde reside com a esposa Margarete Jordão e três filhos. Segundo o casal já é possível avaliar os benefícios que vão desde a economia no gasto de energia elétrica até o conforto de em uma manhã de geada ou até mesmo neve poder lavar a louça com a água aquecida. “Nunca tivemos água quente na pia e agora no chuveiro, mesmo nesses dias de geada de congelar os canos lá fora, a gente pode tomar banho numa água morninha”, conta Margarete.
Os depoimentos de famílias satisfeitas e que aprovaram a tecnologia tem despertado a atenção de outras famílias que procuram informação sobre como adquirir o kit, comprovando que boas ideias, com apoio de empresas públicas, podem gerar vários benefícios de economia de energia, preservação ambiental e melhor qualidade de vida às famílias catarinenses.
Fonte: http://www.epagri.sc.gov.br
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
SBPC e ABC manifestam preocupação quanto a exploração de gás de xisto no Brasil
No Brasil, boa parte do gás de xisto é encontrado nas mesmas bacias onde
também existem as maiores reservas de água doce: Paraná e Amazônia. Esta
exploração causa sérios impactos ao meio ambiente e à saúde.
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia
Brasileira de Ciências (ABC) enviaram carta à presidente da República, Dilma
Rousseff, manifestando a sua preocupação com o anúncio da Agência Nacional do
Petróleo (ANP) da decisão de incluir o chamado "Gás de Xisto", obtido
por fraturamento da rocha (shale gas fracking), na próxima licitação, em
novembro, de campos de gás natural em bacias sedimentares brasileiras.
Leia a carta abaixo:
São Paulo, 5 de agosto de 2013
SBPC-081/Dir.
Excelentíssima Senhora
Presidenta DILMA VANA ROUSSEFF
Presidência da República Federativa do Brasil
Senhora Presidenta,
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia
Brasileira de Ciências (ABC) manifestam a sua preocupação com o anúncio da
Agência Nacional do Petróleo (ANP) da decisão de incluir o chamado "Gás de
Xisto", obtido por fraturamento da rocha (shale gas fracking), na próxima
licitação, em novembro, de campos de gás natural em bacias sedimentares
brasileiras.
Apesar das notícias publicadas pela Agência Internacional de Energia dos
EUA, que sugerem reservas de gás de xisto da ordem de 7,35 trilhões de m3 nas
bacias geológicas do Paraná, do Parnaíba, do Solimões e Amazonas, do Recôncavo
e do São Francisco (norte da Bahia e sul de Minas Gerais), e das estimativas da
ANP, de que as mesmas podem ultrapassar no Brasil o dobro desse número, deve-se
destacar o caráter totalmente preliminar dessas possíveis reservas,
especialmente devido à falta de conhecimento, até o momento, das
características petrográficas, estruturais e geomecânicas das rochas
consideradas para esse cálculo, que poderão influir decisivamente na
economicidade da sua explotação.
Por outro lado, a explotação de gás de xisto, apesar do sucesso
tecnológico e econômico apresentado principalmente nos Estados Unidos, tem sido
muito questionada pelos riscos e danos ambientais envolvidos. Enquanto o gás
natural e o petróleo ocorrem em estruturas geológicas e nichos próprios, o gás
de xisto impregna toda a rocha ou formação geológica. Nesta condição, a
tecnologia de extração de gás está embasada em processos invasivos da camada
geológica portadora do gás, por meio da técnica de fratura hidráulica, com a
injeção de água e substâncias químicas, podendo ocasionar vazamentos e
contaminação de aquíferos de água doce que ocorrem acima do xisto.
Por outro lado, os grandes volumes de água necessários no processo de
extração, e que retornam à superfície, poluídos por hidrocarbonetos e por
outros compostos e metais presentes na rocha e os próprios aditivos químicos
utilizados, exigem caríssimas técnicas de purificação e de descarte dos
resíduos finais. A própria captação desta água pode representar uma forte
concorrência com outros usos considerados preferenciais, como, por exemplo, o
abastecimento humano.
É importante destacar, por exemplo, que boa parte das reservas de
gás/óleo de xisto da Bacia do Paraná no Brasil e parte das reservas do norte da
Argentina estão logo abaixo do Aquífero Guarani, a maior fonte de água doce de
ótima qualidade da América do Sul. Logo, a exploração do gás de xisto nessas
regiões deveria ser avaliada com muita cautela, já que há um potencial risco de
contaminação das águas deste aquífero.
Nesse sentido, não é cabível que sejam imediatamente licitadas áreas de
exploração a empresas, excluindo desta forma a comunidade científica e os
próprios órgãos reguladores do País da possibilidade de acesso e discussão de
todas as informações que poderão ser obtidas, por meio de estudos realizados
diretamente pelas Universidades e Institutos de Pesquisas, com a finalidade de
obter melhor conhecimento, tanto sobre as propriedades intrínsecas das jazidas
e as condições de sua exploração, como das consequências ambientais dessa
atividade, que poderão superar amplamente seus eventuais ganhos sociais.
Face ao exposto, e tendo em vista os resultados das discussões
realizadas durante a 65ª Reunião da SBPC em Recife, Pernambuco, de 22 a 27 de
julho de 2013, solicitamos à Presidenta da República, que seja sustada a
licitação de áreas para explotação de Gás de Xisto, na 12ª Rodada prevista para
novembro próximo, por um período suficiente para aprofundar os estudos,
realizados por ICTs públicas, sobre a real potencialidade da utilização da
fratura hidráulica e os possíveis prejuízos ambientais.
Muito Cordialmente,
HELENA B.
NADER
JACOB PALIS
Presidente da
SBPC
Presidente da ABC
C/C: Presidentes da Câmara e do Senado, ANP, CNPEM, MME, MCTI,
MMA, CTPetro, FINEP, CNPq e Sociedades Associadas à SBPC.
Fonte: http://www.sbpcnet.org.br
terça-feira, 20 de agosto de 2013
Novo Ranking da Sustentabilidade: Brasil Ocupa 45ª Posição
O Grupo Suíço de
investimentos RobecoSAM, publicou o mais recente ranking da sustentabilidade.
No total foram
avaliados 59 países: 21 desenvolvidos e 38 emergentes. O Brasil está na 45ª posição com média 4,63.
Entre os países analisados da América do Sul, o Brasil está atrás de Chile,
Peru, Argentina e Colômbia.
O ranking está dividido
em três categorias:
Meio
Ambiente: Status,
Energia e Riscos Ambientais;
Sociais: Indicadores Sociais, Desenvolvimento
Humano, Greves e Gargalos;
Governança: Liberdade e Desigualdade, Competitividade,
Riscos Políticos, Eficiência, Aplicação das Leis, Responsabilidade, Corrupção,
Estabilidade, Qualidade Regulatória, Cuidados com a terceira idade e Instituições.
Foram um total de 17 indicadores que geraram uma nota de 1 a 10 para cada categoria.
As pontuações finais desta estatística oferecem análises sobre os riscos e
oportunidades de investimentos associado a cada país, permitindo que os
investidores tomem melhores decisões.
terça-feira, 13 de agosto de 2013
A Monsanto quer dominar o Mundo
Entre
as técnicas da biotecnologia encontramos os Organismos
Geneticamente Modificados que utilizam a informação genética de um ser vivo em
combinação com o material genético de outro. Com isso, podemos modificar o balanço
nos nutrientes de um alimento, retirar algum componente ou acrescentar uma
determinada resistência. Temos também plantas que podem resistir à pragas e a
herbicidas.
A
empresa Monsanto criou a soja transgênica que é resistente ao herbicida Roundup Ready. O problema
que vou citar não é a produção da soja ou a possível redução na aplicação de
herbicida na lavoura, mas a criação de dependência e dominação. Você não pode
guardar sementes para plantar no ano seguinte, ou seja, torna o agricultor
totalmente dependente da indústria. Além de ser obrigado a comprar a semente,
tem que comprar o herbicida específico para esta semente. A empresa ganha duas
vezes em cima do agricultor. Lendo alguns textos, vendo alguns vídeos na
internet, vi que a Monsanto processou vários agricultores por terem guardado
suas sementes.
Muitas pessoas que
cultivavam o algodão transgênico na Índia se suicidaram porque a colheita não
era boa e a dívida estava enorme. Sementes do Suicídio é o nome do livro
de Vandana Shiva sobre o algodão. Recebeu prêmio Nobel alternativo.
No México, a cultura
tradicional do milho crioulo não vence no preço do milho transgênico. Então, se
quiser ganhar uma renda com o milho você tem que trocar para o transgênico ou então
continuar plantando somente para sustentar sua família. A pressão dos transgênicos tem ameaçado a
preservação da base genética representada pelos cultivares tradicionais.
Parte da miséria e da
fome pode ser culpa dessa “modernidade”. Vida de muitas famílias completamente
dominadas por uma tecnologia que deveria ser só de benefícios. É claro que
existem muitos agricultores ganhando dinheiro plantando transgênicos. Mas os
ricos, os pobres, duvido. O empobrecimento do pequeno produtor rural aumenta a
fome no campo e contribui para o êxodo rural.
E pouco se sabe sobre
os efeitos com o uso a longo prazo para a saúde e o ambiente, não há nenhuma
conclusão definitiva sobre o assunto. Quanto tempo demorou para provar que o
CFC era prejudicial ao meio ambiente? E o DDT na agricultura? Alguns estudos
sobre o milho da Mosanto já estão sendo realizados. Cientistas alegam
que o milho NK 603 exposto ao herbicida glifosato apresenta maiores chances de
desenvolver câncer e outras doenças graves.
No site da BBC é possível encontrar a lista dos
transgênicos que já estão na cadeia alimentar.
Mas ainda temos muitos
produtos que não são feitos a partir de alimentos transgênicos divulgados em outro site.
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